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 O QUE É CRIPTOCOCOSE

 

A Criptococose é uma doença causada por um fungo. Os quais são classificados em duas espécies distintas: Cryptococcus neoformans variedade neoformans e Cryptococcus neoformans variedade gatti.

É considerada uma doença infecciosa oportunista, mais frequente em adultos. A variedade neoformans pode ser encontrada nas fezes dos pombos e outras aves e a variedade gatti está associada à árvore do gênero Eucalyptus e outras espécies vegetais, ambas apresentam doenças similares .

                                                                 

                                          Cryptococcus gatti

 Cryptococcus neoformans

 

CAUSAS

 

O fungo Cryptococcus neoformans apresenta-se como uma levedura globosa ou ovalada, envolvida por uma cápsula encontradas no meio ambiente em diversas partes do mundo.

É também conhecida por Torulose ou Blastomicose européia. A doença afeta indivíduos saudáveis de todas as idades, sendo mais freqüentes em adultos e pessoas de meia idade, mas na grande maioria os mais atingidos são os indivíduos que apresentam uma deficiência do sistema  de defesa baixo.

O fungo acomete principalmente o sistema nervoso central, isso se dá pelo fato da alta concentração de nutrientes (tiamina, acido glutâmico, glutamina, carboidratos, minerais) presentes no líquido cefalorraquidiano,  manifestando-se como meningite criptocócica, no entanto diversos órgãos e tecidos podem ser afetados.

 

 

COMO SE TRANSMITE

 

A maioria dos casos de criptococose ocorre em áreas urbanas e sua principal via de contaminação é a respiratória, atingindo inicialmente os pulmões, contudo, pode-se disseminar através da corrente sanguínea ou linfática para outras partes do corpo, incluindo o cérebro e as meninges.

A principal fonte de contaminação do fungo nos seres humanos são às fezes secas dos pombos que permanece viável para contágio por um período de até dois anos e a  apresentação do quadro vão estar relacionadas ao grau de imunidade do indivíduo.

 

A variedade neoformans tem a capacidade de colonizar a mucosa do papo dos pombos sem causar doença, pois se trata de um parasita natural dessas aves. 

 

SINAIS CLÍNICOS

 

 

Os indíviduos podem apresentar febre, dor de cabeça, rigidez da nuca e vômitos, além de sinais e sintomas respiratórios e alterações visuais, e mais raramente alterações do nível da consciência.

Na infecção pulmonar podem apresentar manifestações compatíveis com quadro gripal. Entre outras manifestações relatadas estão à hepatite, sinusite, lesões em diversos órgãos e tecidos, como boca, pele, olhos, esôfago, estômago, intestino, trato genital feminino e ossos. Não há maneira especifica de prevenção, porém sabe se que não há transmissão de pessoa para pessoa.

 

              

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da criptocose precisa ser diferencial das demais infecções oportunistas para reduzir o número de mortalidade. Existe uma grande variedade de matériais clínicos para serem utilizados no diagnóstico,como urina, fragmentos de tecido, aspirações cutâneas, escarro e demais amostras do trato respiratório.

Geralmente são realizados exames diretos, histológicos e sorológicos, além de técnicas moleculares para detectar antígenos criptocócicos.

 

 

TRATAMENTO 

 

A maioria dos pacientes são tratados com o fármaco antifúngico anfotericina B isolada ou associada a derivados triazólicos. Mas na quase totalidade dos casos evolui para óbito particularmente naqueles com diagnóstico positivo para HIV. A variedade neoformans é mais freqüente na faixa etária de 21 a 40 anos enquanto que a gattii atingi pacientes com mais de 51 anos do sexo masculino.

No tratamento dos pacientes imunocompetentes (SAUDAVÉIS) e imunocomprometidos (IMUNIDADE BAIXA) a anfotericina B é utilizado, em associação com a 5-flucitosna, em infecções disseminadas, ou fluconazol, como alternativa para o tratamento de infecções cutâneas.

Embora a anfotericina B tenha melhorado de maneira significativa o prognóstico de pacientes com infecções fúngicas sistêmicas, principalmente com neurocriptococose, existem casos de alguns pacientes que não respondem ao tratamento, e apresentam efeitos colaterais, sendo na sua maioria distúrbios gastrintestinais e alterações hepáticas .

No tratamento de paciente com acometimento extraneural, extrapulmonar (pele, próstata, osso), com ou sem envolvimento pulmonar é considerado mais complicado, devendo usar inicialmente anfotericina B associado ou não com flucitosina, com fluconazol e itraconazol como opções. Ainda não se tem uma forma de prevenção para este tipo de infecção, mas tem se buscado, fórmulas para a criação de vacinas.

 

É necessário ressaltar a importância e os riscos de exposição nos ambientes onde estão presentes muitos pombos,como locais de circulação pública,cativeiros entre outros, e também fazer a  higienização e limpeza de excretas, além de manter o controle de locais com possíveis focos da doença.

 

Agora que você ja sabe sobre essa doença previna-se e faça sua parte !